Embora exista toda uma ciência por trás dessa sigla, meu entendimento dos sistemas de suporte à decisão não está nem nunca estará baseado em siglas e modelos pré-concebidos. Se eu seguir essa trilha vou estar pactuando com uma ciência de poucos resutlados, muito mais tecnlógica que humana e altamente custosa às empresas que querem utilizar a informação para ter um diferencial estratégico.
A maioria das empresas que eu conheço, se alguém falar que há outras formas de se dar apoio aos gestores sem usar todo o arsenal de BI, vai sair em campo com quatro pedras na mão, te chamando de leigo, imbecil ou coisa parecida.
Sou arquiteto de dados por formação - passei mais de vinte e cinco anos transformando estruturas de informação criadas por analistas de sistemas em desenhos de modelos que realmente dessem certo. Agora, passado tanto tempo me vejo na mesma situação só que com o pessoal de BI. Então aqui vão meus argumentos:
1. A Inteligência de Negócios é aquela que usa os dados da empresa para analisar presente, passado e futuro de forma a criar um diferencial competitivo e identificar rapidamente o progresso da empresa e quaisquer anomalias de desempenho que possam interferir no seu futuro.
2. BI é uma ciência de negócios que usa computação como ferramenta e um dia isso será tão simples como usar uma calculadora digital.
3. Se olharmos a informação em níveis teremos três deles: Operacional, Tatico e Estratégico, que se referem ao nivel de detalhe("granularidade"); sendo assim, podemos aplicar nossos modelos analíticos e preditivos em qualquer grau de detalhe desejado. Esses modelos são o nosso verdadeiro resultado, não a tecnologia - isso é bobagem, não serve para quem pagas as contas - eles odeiam a equipe de BI que chega com toda a pompa e circunstância e leva meses para entregar um simples relatório que eles mesmos são obrigados a fazer a cada CINCO MINUTOS, embora manualmente, sem a ajuda que deveria vir do BI.
Fato - ou as empresas de TI mudam o jeito de fazer os projetos ou vamos ser mais um embuste engolido pelos clientes como mal necessário - não é para isso que temos tanta tecnologia e poder computacional. Temos empresas com recursos de primeiro mundo e ainda somos chamados de "os caras da informática"...A ciência no nosso caso não se sobrepõe ao bom-senso, motivo pelo qual estou escolhendo a segunda opção.
No mercado, empresas como SAP,TOTVS, SAGIT, Quiterian, Targit e outras já se deram conta disso -quando é que nós pobres mortais vamos fazer o mesmo; A tecnologia colunar, a "in-memory", os dados temporais - tudo vai de encontro a um novo jeito de se criar inteligência nas empresas para o trabalhador do conhecimento.O Instituto Hasso-Platner, a versão SAP do MIT, ESTÁ INVESTINDO PESADO EM UM TECNOLOGIA HÍBRIDA - MEIO COLUNAR, MEIO IN-MEMORY, vc sabia?O futuro já começou senhores, afiem suas armas...
Estou criando uma interface semântica para relatórios com vistas a cobrir todo o escopo de "granularidade" necessário sem fugir de uma interface mais humana, onde o usuário recombina os dados da sua base de conhecimento corporativa e os exibe como desejar sem interferência dos "genios" do BI; ele agora usa uma planilha simples e poucas consultas ao banco de dados, que agora é maior, mais potente e mais barato que era a dois anos atrás; o usuário pode criar visões que mesmo hoje ainda não pode com o que tem à mão, pois ainda tudo é absurdamente caro,e dizem as consultorias, "proporcionais à importância".
Sim eu tenho revolta com os burocratas da minha área que se escondem em siglas para justificar algo em que eles mesmos não acreditam ou a própria incompetência. O futuro é simples e consequência do que fazemos hoje-ou simplificamos ou morremos como profissionais.
O futuro está aí para que todos vejam e eu peço aos que lêem este post que olhem para "fora da caixa", para não se tornarem ultrapassados em questão de poucos meses; vejam quem está inovando e como, não se travem em uma tecnologia e entendam que nosso negócio se destina a pessoas e modelos de negócio. Existe uma admirável mundo novo centrado na informação e não na tecnologia - quem se atrever a aceitar esse fato terá chances de sobreviver, quem se travar em tecnologia.. será mais um "geek" sem representatividade. Os profissionais de suporte à decisão são algo mais que tecnólogos, mas pessoas de negócio com acesso e conhecimento de tecnologia capazes de fazer a diferença.
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